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Os influenciadores vão desistir

Os influenciadores vão desistir
EFEITO ORNA
nov. 22 - 6 min de leitura
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É sério. Isso pode mesmo acontecer. Em algum momento, podemos viver um grande colapso no mercado de entretenimento digital

 

“Do lado de lá é muito pior. Sabemos que os influenciadores sofrem uma pressão absurda” 

Pedro de Santi Filósofo e Psicanalista.

 

A relação dos influenciadores com a criação e produção de conteúdo é a forma de expressarem sua identidade. E eles transformaram isso como sua principal fonte de renda. 

As redes sociais são o seu trabalho e sua vida ao mesmo tempo. E os influenciadores realmente vivem disso. Levam a sério sua profissão que estruturalmente falando, funciona como uma agência ou produtora de publicidade. Com entregas, prazos, contratos e compromissos em larga escala. Além de tudo, precisam se manter relevantes para se “manter”. 

Saiba mais como os influenciadores ganham dinheiro neste artigo aqui

Essa já é uma realidade e não é novidade para ninguém. Milhares de pessoas consomem esses conteúdos diariamente, e as últimas pesquisas apontam que a grande preferência do público é justamente o conteúdo produzido pelos influenciadores. 

O grande paradoxo está justamente nesse ponto. O que tornou o YouTube um sucesso é justamente ele parecer ser muito mais real e humano do que os atores interpretando personagens no cinema e na  TV. A internet aproxima e conecta com a audiência. Entretanto, o telespectador ainda não enxerga o influenciador totalmente vulnerável e as cobranças são irreais, como se fosse uma super produtora, um super astro, ou mesmo uma super organização que não comete falhas. Na internet não se pode errar. A exposição tem um preço alto, o julgamento alheio e a cobrança massiva levam muitos ao questionamento: VALE A PENA PAGAR ESSE PREÇO

 

Nem tudo é o que parece

Todos os dias algum influenciador desabafa nos bastidores que pensa em desistir. A grande maioria não imaginava as proporções, responsabilidades e consequências de ser um “influenciador digital”. Também não imaginava que teria que empreender, liderar outras pessoas, atender clientes, gerenciar sua marca e assumir grandes riscos nessa jornada que é ultra romantizada. Todo influenciador é um  empreendedor e tem um CNPJ. Mas será que esse CNPJ vale um AVC? Não calcular o tempo de dedicação, o valor da privacidade, da segurança e da liberdade de ir e vir tem um preço alto. E ao se depararem com o peso do julgamento em massa, não encontram forças - nem tempo - para trabalhar essa carga física e emocional. 

Já parou para pensar que essas pessoas nos servem? 

Servem com seu talento e criam entretenimento, humor, covers musicais, tutoriais, dicas e mais tantas outras demandas criativas ... 

Eles se doam, eles compartilham. Se esforçam para se manter no topo. Mas o corpo não acompanha a velocidade das transformações digitais. Nosso corpo e mente possuem limitações e esgotamento. 

Os produtores de conteúdo compartilham seus sonhos e nos convidam a sonhar junto. Só que não são atores, nem personagens, são suas vidas. 

Isso confunde o público. Queremos as pessoas reais, não personagens. Mas, como questiona bem o filosofo Pedro de Santi, talvez isso devesse ser gerenciado de outra forma. Será? Será que deveria haver essa separação? Tanto na mente do influenciador quando do público? Isso seria possível? Ou perderia toda a “essência” do meio e da mensagem?

Grande parte do público já tem consciência de que existe um grande processo por trás de vídeo de 3 minutos postado no IGTV, por exemplo. Mas essa é só a pontinha do iceberg. 

Precisamos reconhecer o trabalho e a vulnerabilidade de quem está ainda mais exposto. 

Vivemos em um momento de ódio eminente onde a cultura do cancelamento é uma realidade da era digital. Algumas pessoas sentem prazer nessas atitudes. Também acabam descontando suas dores e frustrações nessas outras pessoas expostas. Todos estão doentes.

Poucos se importam verdadeiramente com o processo, o amadurecimento, os sentimentos e poucos dão ao outro a chance do outro errar e acertar. Vale tudo para destruir, caluniar e anular. 

Assim que começam os questionamentos dos criadores de conteúdo: vale a pena fazer o que estou fazendo? Preciso mesmo pagar esse preço? 

Whinderson Nunes fez esses questionamentos quando entrou em depressão pelas pressões sociais, pela invasão de privacidade e pelas fakes news espalhadas.

E se a coisa não mudar,  as chances são grandes dos influenciadores desistirem.

A indústria do marketing de influência já movimenta muito a economia. No mundo US$ 4 bilhões em 2017. E deve levantar US$ 10 bilhões em 2020, segundo levantamento da Mediakix. Os produtores de conteúdo digital cresceram em número e fama; muitos ganharam status de celebridade. Na lista dos 100 canais de Youtube mais influentes do mundo, divulgada pelo Snack Intelligence/Tubular Labs em outubro de 2018, 24 são brasileiros. 

O Brasil, por exemplo, é um dos países que mais valoriza as mídias sociais. Um mercado que podemos notar como gigantesco e com inúmeras oportunidades para quem trabalha produzindo conteúdo na internet.

Já não se pode imaginar o mercado sem os influenciadores. A geração Z sonha em ser isso em um futuro próximo, mas - talvez - esse futuro não chegue. 

Qual sua opinião sobre o assunto? É reversível?

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