Se tem uma coisa que eu acho muito bacana é quando abre algo novo em minha cidade. Pode até ser concorrente. Faz parte. Estamos todos tentando ocupar nosso lugar no mundo.
Ou, admiro aquele “cara” que permanece durante anos no mesmo ramo.”- 40 anos”, diz o dono cheio de orgulho.
E é para ter mesmo.
Dia desses, levamos a minha prima para visitar um conhecido polo de modas. Ela contou 17 lojas fechadas. 17. Uma do lado da outra. Uma fila de lojas vazias. Que tristeza que dá. A gente não sabe o que fica mais vazio. A loja ou o coração.
Porque, afinal, quem é dono de alguma coisa coloca o coração ali. Vai o coração, vai a alma. Vai tudo.
Não dá para saber se a loja fechou por crise, falta de motivação, dinheiro, direção ou tantas contingências que a gente enfrenta na vida. Mas, se desejamos abrir alguma coisa, é preciso ter vontade. E força para vencer e mais ainda para anunciar o fechamento.
O fim da Sapataria Andarella em março de 2017 – marca que chegou a ter 39 lojas espalhadas pelo Rio de Janeiro segundo O Globo – é um desses casos que a gente sente falta de uma explicação. Priorizar o ponto da Tijuca não foi o suficiente para que a marca se recuperasse da longa recessão por que tem passado o varejo.
Mesmo em crise, uma marca que para de investir em marketing ou na inovação de seus produtos, corre um sério risco de perder seu espaço para marcas concorrentes. Não dá para abrir brechas com cada vez mais portas se fechando.
Lembre-se: ao colocar seu coração em alguma coisa, não deixe de reservar um espaço para a comunicação e o marketing.
Afinal, diferente do que muitos dizem por aí: o que os olhos não veem (a propaganda)…O coração ( a loja | produto| seu bolso) sente.