Você já reparou que quando aprende algo novo ou encontra alguma coisa relevante para compartilhar e produz um conteúdo “top e irresistível”, digno de “bombar” ... E após todo o trabalho e excitação, não alcança o resultado que esperava?
O conteúdo não engaja, e ao invés de atrair seu potencial cliente, acaba atraindo seus concorrentes ou colegas do mesmo nicho?
Esse é um caso antigo, mas recorrente porque, por incrível que pareça, tendemos a nos comunicar da maneira que pensamos ser mais clara, mas o que pode ser de fácil entendimento para nós não é o mesmo para o nosso público.
Um exemplo que vivencio é o do próprio marketing digital. Nós marqueteiros que estamos sempre estudando e por dentro das notícias, cheios de insights frequentes, não deixamos ninguém de fora das atualizações. O compartilhamento é fundamental, principalmente para criar autoridade no mercado.
Existem inúmeros perfis que compartilham postagens como: “O Dicionário do Marketing” ou “Significados dos Termos de Marketing”, e em certo ponto isso é legal, se seu público-alvo é formado por profissionais iniciantes ou freelancers, talvez. Mas se pretende atingir empreendedores ou pessoas que desejam empreender, ou até mesmo empresas maiores que ainda não dispõem de profissionais da área, esses termos não vão fazer diferença alguma.
Sinto muito, mas é a realidade. Uma pena, não é? Tanto conteúdo incrível que passamos horas selecionando, criando e construindo um design bacana, passando pelo feed e sendo ignorado. Não leve a mal, às vezes nem é pessoal. É só porque aquela pessoa não imagina o quanto o seu conteúdo pode ser útil para ela pois não sabe como aplicá-lo. Ou a linguagem é tão técnica que ela pensa que nunca vai conseguir entender e utilizar para seu próprio benefício!
“Para defender-se do volume atual de comunicação, a mente filtra e rejeita muita informação que lhe é oferecida. Em geral, ela aceita apenas aquilo que coincide com o seu conhecimento ou experiência anterior”. - Al Ries e Jack Trout, Posicionamento
Além disso, o volume de informações compartilhadas a cada segundo é tão grande atualmente, que prender a atenção das pessoas se tornou um dos maiores desafios para os criadores de conteúdo.
Então, se a sua ficha já caiu e você já mudou sua forma de se comunicar, parabéns! E se a sua está caindo agora com esse texto, não surta, há sempre uma oportunidade para mudar.
Bem disseram Al Ries e Jack Trout em seu livro Posicionamento: “Na comunicação, assim como na arquitetura, menos é mais. Você tem de afiar sua mensagem para que ela penetre na mente, tem de eliminar as ambiguidades, simplificar a mensagem e depois simplifica-la um pouco mais, se quiser causar uma impressão duradoura”.
Simplificar a mensagem, de forma que a linguagem seja facilmente compreendida pelo seu público (é aqui que entram Tom e Voz da Marca, características que definimos em uma boa estratégia de branding), e claro, tornando-a mais próxima das pessoas, mais como uma conversa que apenas uma postagem comum (essa é a tal humanização que tanto falamos).
Mais que isso é saber o que as pessoas precisam, não o que você “acha” que precisam (aqui entra outra estratégia que é definida em um processo de branding: a Persona). De nada adianta bombardeá-las com informações que parecem ser interessantes para você mas que não são relevantes para quem te acompanha.
Esse é um trabalho constante de conhecimento e relacionamento com o público, que depende apenas de nós mesmos para estreitá-lo e tornar a comunicação mais natural possível.