Na SEMAP a Débora comentou sobre o livro “A Coragem de Não Agradar” e eu realmente me interessei em comprar e ler. Ainda não terminei a leitura, mas já entendi como as coisas podem fluir de maneira mais leve e melhor se não dermos importância ao que os outros pensam.
Você fazendo algo ou não as pessoas vão criticar, vão falar. E se vão falar que falem de algo que você esteja fazendo, não do que não está fazendo.
Sou fotografa amadora, estou iniciando meus estudos na fotografia, quero me profissionalizar na área, e sofria porque não conseguia encontrar meu estilo. Na verdade não é que não o havia encontrado, eu queria que minhas fotos fossem vistas por todos, então estava fazendo algo que todo mundo faz, com o único propósito de agradar aos outros. Eu não estava fazendo pra mim e nem fazendo o que eu queria, não estava fazendo a minha arte, não estava fazendo sendo honesta (no sentido de fazer algo do meu coração).
Mas parece que ontem uma chavinha virou e venho trabalhando dessa forma, com o ‘f-word’ ligado, eu até senti que minha criatividade começou a fluir.
Vou errar muitas vezes, vou ter idéias esquisitas. Mas de que outra forma alcançar o que eu almejo se não for praticando, errando, criando? E a prática traz erros, traz acerto, mas também trás aprendizados.
Mas como me libertar e realmente começar a produzir?
No momento que a chavinha virou eu entendi que tenho que parar de ouvir as vozes que ficam dizendo que vai ser um fracasso, que todo mundo vai criticar, que vão achar feio.
Seja o que for que você queira fazer, se toca no seu coração,faça sem medo.
É igual criança quando aprende a andar de bicicleta. Primeiro começa com as duas rodinhas, depois apenas uma, depois sem nenhuma. No início a gente vai ficar inseguro, vai perder o equilíbrio, vai cair, mas com a insistência e a prática vai se tornar mais fácil e vai fluir de uma forma tão natural que nem vamos perceber.
Se você ama a sua arte (seja o que for que você deseje fazer), se toca no seu coração, faça, pratique, se coloque no mundo. Não tem outra forma das pessoas te notarem, não tem outra maneira de informar ao mundo o que você está produzindo.
Às vezes as coisas não vão sair exatamente como você planejou, talvez na maior parte do tempo elas não saiam como você planejou, elas não traduzirão o que você queria passar. Mas cada trabalho ‘não tão bom’ que você fizer, vai te deixar mais próximo daquele super especial, pelo simples fato de você ter perdido o medo e ter conseguido mostrar o seu trabalho para o seu público.
Eu gosto muito de ouvir comentários positivos por aquilo que eu faço (quem não gosta?), mas se eu quero botar a cara no mundo tenho que me preparar para os comentários não tão positivos sobre ele, aprender a filtrar o que vale a pena, levar como crítica construtiva, e descartar o que é apenas barulho.
Eu quis fazer esse texto porque sei que muitas de nós sofremos com o medo de não agradar, de ser criticada, de ter nosso trabalho diminuído por conta dos comentários alheios. Eu sou a típica medrosa, adoro uma zona de conforto, onde eu me instalo, e gosto de ficar por longos períodos porque tenho receio do novo, daquilo que está por vir, do desconhecido.
E vocês acham que estou escrevendo esse texto toda trabalhada na segurança? Negativo! Ainda estou no meu processo de libertação, e se eu estou conseguindo vocês também irão conseguir.
Assistente Executiva querendo ser Fotógrafa -