Você sabe a relação do marketing de experiência com os maiores festivais de música do mundo?
Coachella Fest, Lollapalooza, Rock in Rio e Tomorrowland. Com certeza você já ouviu esses nomes e, provavelmente, já foi ou tem muita vontade de ir em algum desses festivais.
Mas se facilmente poderíamos assistir as transmissões ao vivo dos shows, então qual é a motivação para ir nesses eventos?
A necessidade de interação social, a vontade de fazer algo novo e de sentir novas emoções, ou seja, o desejo de novas experiências.
Todos esses fatores podem ser multiplicados quando a marca nutre valor, sentimento de comunidade e possui uma cultura autêntica.
É aí que entra o Marketing de Experiência!
Vertente que surgiu como alternativa do Marketing Tradicional devido à dificuldade enfrentada pelas empresas para fidelizar clientes. Com essa nova abordagem, é possível despertar emoções e sensações positivas que ficarão na memória do consumidor e influenciarão sua decisão de compra futura por meio das experiências.
No caso dos festivais de música, desde o teaser aos banheiros, do gramado ao palco, tudo é feito para oferecer uma experiência única.
Vamos ver alguns cases de sucesso?
TOMORROWLAND
A Tomorrowland, por exemplo, tem como slogan “Live Today, Love Tomorrow, Unite Forever” reforçando a ideia de que aquele momento será o mais importante da sua vida e deve ser aproveitado ao máximo.
Eles provam isso prestando atenção em cada detalhe:
- vôos privados para o festival com DJs na área de check-in
- banheiros de verdade ao invés de banheiros químicos
- comidas como as de restaurantes
- jogos de luz, fogos de artifícios e fumaça durante as apresentações
- relacionamento com o consumidor de modo que ele se sinta especial a todo momento
- aftermovie incrível para atrair o público para a próxima edição
Desse modo, conseguem melhorar o relacionamento e a afinidade dos consumidores com a marca, criam um buzz ao redor do evento e garantem publicidade “gratuita”.
ROCK IN RIO
O Rock in Rio parte do mesmo princípio e se define como “mais do que um festival de música, uma experiência de transformação” “onde sonhos se tornam realidade”. E as atividades da marca, sejam pré, per (durante) ou pós-evento, estão alinhadas para esse propósito.
Eles seguem a filosofia de que não existe melhor edição do RIR, a melhor é a próxima e, por isso, estão sempre inovando. Foi o caso da última edição, quando a P!nk voou sobre o público e com a atração “NAVE – Nosso futuro é agora”.
Além disso, a marca não existe apenas naquela semana de festival. Eles têm o projeto social “Amazonia Live”, a plataforma de conteúdo “Reverb”, produzem cursos online para abrir um pouco sobre como é a gestão do evento e, durante o isolamento social, têm feito lives sobre diversos temas relacionados ao meio do entretenimento. Ou seja, é uma marca que está sempre se reinventando, buscando ultrapassar as expectativas do consumidor e conectando pessoas.
LOLLAPALLOZA
Já o Lollapalooza, se destaca pelas ativações de marca. Na última edição, marcas como Budweiser, Fini, Bradesco e Doritos criaram ações para estreitar laços com o público por meio da criação de playlists, ambientes instagramáveis com espaços para carregar o celular e pulseiras com sistema de recarga para facilitar a compra de produtos durante o evento.
COACHELLA
O Coachella leva toda a experiência ao extremo com um festival no deserto que mistura diversos gêneros musicais e é um espaço culturalmente, sonoramente e musicalmente central, onde pessoas diferentes se encontram.
O evento é local de ativação de diversas marcas como a BMW que providenciou carros eco-friendly para transportar VIPs; a HP com o Antarctic Dome, fazendo com que os visitantes da atração percam o senso da realidade e se sintam dentro de um clipe de música e a Sephora com uma tenda para fazer penteados e maquiagem.
Fora isso, desde 2014, os organizadores do Coachella se envolvem em iniciativas sustentáveis e realizam a “Recycling Store” (Loja de Reciclagem): cada 10 garrafas vazias levadas à “loja” são trocadas por uma garrafa de água – durante o final de semana é possível juntar pontos por reciclar e, com isso, ganhar produtos personalizados, comida, entradas para atrações e até VIP passes.
Desse modo, fica claro que estruturar um evento de música vai além de convidar artistas famosos ou quem o público pede: a cultura da marca precisa estar enraizada nos colaboradores, nos processos internos e externos; envolve planejamento, treinamentos, logística, estratégias de marketing, relacionamento com os clientes e gestão de riscos.
Tudo deve ser feito para entregar aquilo que foi prometido, na verdade, para surpreender o público.
> Postado originalmente em: Blog LEVE