Essa é uma das maiores dúvidas que tenho recebido das pessoas. Em um universo cheio de perfis para serem explorados, somos constantemente apresentados a feedsprofissionais/corporativos e pessoais no Instagram. E até mesmo àqueles que mesclam os dois contextos.
E qual é a diferença entre cada um desses tipos de perfis:
- Perfil pessoal: é aquele que você posta simplesmente sobre a sua vida, só sobre a pessoa que você é, sua família, lazer, etc. Como se você não tivesse vida profissional.
- Perfil profissional: é aquele que você também não conecta com o seu perfil pessoal, que só fala sobre a sua vida profissional, só sobre a sua profissão.
- Perfil corporativo (comercial)/profissional: aquele que tem como foco principal mostrar o trabalho desempenhado por alguém (desempenhando quase um papel de portfólio online) ou apenas publicar postagens institucionais de uma marca.
- Perfil profissional e pessoal: é aquele que mescla as duas esferas da vida de alguém. Aquele perfil que abrange o lifestyle e a rotina profissional dessa pessoa.
Como por exemplo o perfil do fotógrafo e diretor criativo, Lucas Pinhel, que possui um perfil que também serve como vitrine do trabalho que desenvolve.
Diante desses tipos de perfis algumas pessoas sentem dificuldade ao criar conteúdo: o que eu tenho que fortalecer? A minha marca pessoal ou a marca da minha empresa? Onde eu produzo conteúdo?
Não posso dizer que existe uma resposta exata para essas perguntas, porque cada caso é um caso. Cada pessoa é uma pessoa.
E mesmo que você opte por ter, por exemplo, os dois tipos de perfil, você não pode se desconectar completamente um do outro. De vez em quando no seu perfil pessoal será preciso conectar com o que está no profissional. Por isso, é preciso ter um cuidado com as duas contas, mesmo que você tenha uma conta pessoal na qual publica sobre lazer e outras coisas que gosta na sua vida, ela não pode estar distante do perfil profissional em que você posta conteúdos relacionados à sua profissão, sugestões e dicas profissionais.
Da mesma forma, não há nenhum problema se sua preferência for ter somente uma conta profissional e de vez em quando colocar algo pessoal lá sobre você.
E o que pode te ajudar na hora de fazer essa escolha? No decorrer desse artigo irei elencar 4 pontos importantes que irão te nortear nesse processo.
Por exemplo, se o seu nome é mais “forte” do que da marca/negócio que você está criando ou tem, você pode começar trabalhando e fortalecendo a sua marca pessoal, e então ir aos poucos transformando o seu perfil pessoal em um perfil profissional. Esse é um processo de começar a esquecer as redes sociais como uma mera fonte de entretenimento e sim com um ambiente para a produção pensada de conteúdo.
1. Mude sua visão sobre o Instagram: hoje temos várias redes sociais e podemos usar outros canais como o Facebook pessoal, por exemplo, para se relacionar com a família etc. O Instagram, assim, deixa de ser aquele espaço para apenas compartilhar seu dia a dia e “o almoço de domingo”. É um momento que passamos a enxergá-lo de uma outra forma.
2. Coerência entre as contas: O que as pessoas têm um pouco de dificuldade de entender - e que é muito importante - é que mesmo que elas decidam ter contas separadas e assim atualizar conteúdo tanto no perfil profissional, de marca, quanto no pessoal, elas continuam a ser a mesma pessoa. A pessoa que você é como profissional deve ser a mesma que você é no dia a dia. Quero dizer, com os mesmos valores, sonhos, crenças e interesses.
Por exemplo, se você opta por ter os dois, e no seu perfil pessoal não posta absolutamente nada sobre sua empresa, como o público poderá saber o que você faz, no que acredita ou o que realiza? Saber mesclar esse conteúdo também funciona de forma positiva, pois ajuda ao público saber em que canal prefere te acompanhar.
É bem importante entendermos que independente da decisão as coisas têm que ser coerentes, a comunicação tem quer ser intencional.
3. Propósito de cada perfil: Um outro lado a ser pensado que está relacionado ao fortalecimento de uma marca, é que esse processo necessita de um propósito para ser efetivo. Você precisa saber o porquê quer ou precisa fortalecer a sua marca, depende tudo, lógico, da sua visão de negócio.
Você o enxerga como um negócio macro? Quer deixar um legado paras as pessoas e para o mundo? Quer motivar outras pessoas? A minha resposta para essas perguntas é sim, e nesse caso eu não posso só fortalecer apenas minha marca como pessoa Débora Alcantara, pois quando eu me for e deixar de existir, quero que o que eu construí continue vivo.
Nossas marcas continuaram existindo assim como foi com a Chanel, a Versace etc.
O Grupo ORNA não pode morrer.
Muitas vezes as pessoas focam muito apenas na marca pessoal delas, mas para isso temos que saber nossa real motivação. Inclusive o valor de marca, o valuation de uma empresa, vale menos se estiver muito atrelado apenas à imagem dos fundadores.
* Valuation é um termo em inglês que representa o valor global de uma empresa. Um conjunto de métodos financeiros que determinam o valor justo de um negócio, seja para sua aquisição, para a entrada de um novo sócio ou para determinar o retorno esperado de suas ações. Basicamente um cálculo de investimentos e do seu valor.
Esse é um assunto que merece atenção. Ter essa visão de futuro, do seu objetivo e enxergar realmente que cada caso é um caso.
Por exemplo, digamos que você não deseja expandir seu negócio. Você é um terapeuta e pretende atuar apenas realizando terapias com poucos pacientes no seu consultório, e não tem interesse em ter uma marca grande, não quer fazer daquilo uma metodologia, nem replicar o que faz em maior escala. Se você não tem essa pretensão, então é mais interessante que escolha investir no seu perfil pessoal mesmo e, não fique fortalecendo só a marca profissional ou o trabalho que desempenha ali nesse espaço.
Nesse ponto você vai ter que avaliar o que de fato deseja, porque se quiser só fortalecer a sua marca pessoal, mesmo que você seja uma profissional e tenha um CNPJ, uma empresa com o seu consultório, mas só fortalece sua marca pessoal, você vai ter dificuldade de um dia fortalecer o nome da marca, do consultório/clínica, ou até mesmo um método, ou algo do gênero.
Agora, se você está olhando de outra forma, pensando “quero crescer, quero agregar mais psicólogos para o meu projeto, quero criar uma metodologia de atendimento, um diferencial. Eu quero poder, por exemplo, quando viajar ou estiver fazendo outra coisa, que os meus clientes confiem em outros profissionais que estão sob a minha tutela. Eu quero ganhar mais. Eu tenho uma visão maior, macro”. Então nesse caso você está pensando em fortalecimento de marca corporativa e aí a sua marca pessoal fortalece, mas elas são coisas independentes.
Posso citar o caso da esteticista Renata França que desenvolveu um método - o método Renata França. Ela iniciou trabalhando a marca pessoal, mas hoje o perfil é também é uma marca corporativa.
Por isso há uma série de fatores que devem ser considerados quando se vai tomar essa decisão.
4. Viabilidade: Outra questão importante a se refletir sobre, é: eu tenho tempo e dinheiro para produzir conteúdo para dois canais suficientemente? Qual eu devo optar para investir primeiro?
Essa é uma tomada de decisão que de fato precisa de uma avaliação e uma atenção especial para que a melhor escolha seja feita. Afinal, é melhor produzir conteúdo bem feito em um canal do que ter vários e todos estarem sem coerência, clareza e consistência.
Resumo do questionário de avaliação:
- Onde eu produzo conteúdo?
- O que eu tenho que fortalecer? A minha marca pessoal ou a marca da minha empresa?
- No que eu acredito? O que eu realizo?
- Eu enxergo o meu negócio de forma macro? Quero deixar um legado paras as pessoas e para o mundo? Quero motivar outras pessoas?
- Eu tenho tempo e dinheiro para produzir conteúdo para dois canais suficientemente?
- Em qual eu devo investir primeiro?
Lembrando que, sim, é possível que exista um perfil corporativo que tenha um tom pessoal, porque hoje todo mundo sabe que as empresas são humanas, pois são feitas por pessoas. E se você quiser saber mais sobre isso veja esse artigo aqui - Marcas também são influenciadores.
É importante ter essa visão. Mesmo sendo um perfil corporativo a pessoa também pode dar esse tom mais íntimo. Então é uma decisão pessoal, porque as pessoas gostam de seguir pessoas, e num perfil corporativo de marca a pessoa pode mostrar todos os envolvidos naquela marca para gerar essa aproximação. O mais importante é você ter consciência do porquê está criando aquele perfil.
E você, já havia pensado nesse assunto dessa forma? Já pensou qual é a melhor opção para você?
Compartilhe aqui nos comentários os perfis profissionais que você mais admira e vamos criar uma corrente inspiração.